Resenha Moon Lovers
Depois de cinco anos resolvi reassistir esse drama incrível e que foi o meu primeiro dorama:
-Moon Lovers: Scarlet Heart Ryeo.
Foi um dorama que acabou comigo em todos os sentidos.
O drama é daqueles pra surtar mesmo, pra criar teorias, pra chorar de alegria e de tristeza... Daqueles que você quer matar vários personagens e guardar outros num potinho e cuidar pra sempre.
A história é emocionante: A tensão, as brigas políticas, a produção, o figurino e cenários excepcionais. O elenco belo e talentoso, o protagonista cativante e a trilha sonora daquelas pra ficar ouvindo pra sempre.
O drama conta a história de Go Ha Jin (IU), uma mulher de 25 anos do século 21, que ao se afogar durante um eclipse lunar total é teletransportada para século 10, em plena Dinastia Goryeo. Não como uma mulher de 25 anos, traída pela melhor amiga e pelo namorado e desencantada pela vida, mas como uma garota mais jovem e pertencente a uma família bem relacionada com a família real chamada Hae Soo.
Em Goryeo, Hae Soo acaba se envolvendo com os principes e ficando no meio de seus conflitos políticos. Os primeiros episódios começam leves e até bem humorados, os personagens são introduzidos da melhor forma possível, ou você já ama ou já odeia.
Enquanto Go Ha Ji vai se acostumando em ser Hae Soo, o novo jeito um tanto quanto atrevido e os novos trejeitos adquiridos pela garota acabam conquistando todos ao seu redor. Seu conhecimento da história coreana (ainda que um tanto falho) também a acabam colocando em situações bastante perigosas e comprometedoras.
Na família imperial é preciso frisar que o Imperador Taejo (Jo Min Gi) teve inúmeras consortes, mas apenas duas tiveram papel efetivo na trama do dorama. A Imperatriz Yoo (Park Ji Young) que é mãe do 3° Príncipe Wang Yo, do 4° Príncipe Wang So e do 14° Príncipe Wang Jung; e a Imperatriz Hwangbo (Jung Kyung Soon), mãe do 8° Príncipe Wang Wook e da Princesa Hwangbo Yeon Hwa.
A Imperatriz Yoo especificamente é aquela que já se delineia como vilã desde o princípio e termina o drama como tal. Seu sonho é se tornar a Imperatriz Mãe e para isso quer colocar Wang Yo no trono, ainda que o Príncipe Herdeiro seja outro, e para isso não poupa esforços e conluios. Ela também tem um passado rancoroso com seu filho Wang So, por quem não nutre sentimento maternal.
Dentre os príncipes, temos o Príncipe Herdeiro Wang Moo (Kim San Ho) destinado a sofrer inúmeras tentativas de assassinato. O 3° Príncipe Wang Yo (Hong Jong Hyun), as esperanças da Imperatriz Yoo de se tornar a Imperatriz Mãe, é o filho invejoso, que almeja o trono e não tem escrúpulos na hora de tramar contra a vida do próprio irmão. O 14° Príncipe Wang Jung (Ji Soo) pode não cativar as "pretensões tronais" de sua mãe, mas é o seu filho favorito. Ao contrário de Wang Yo ele nutre sentimentos realmente verdadeiros por seus irmãos e não almeja o trono. É um grande lutador e chega a fugir frequentemente do palácio para se envolver em brigas de rua e se apaixonará por Hae Soo. O 10º Príncipe Wang Eun (Byun Baekhyun) é o alívio cômico do drama. É o que se envolve nas brincadeiras infantis, que entra em disputas com Hae Soo e que mais tarde se apaixona por ela e se torna seu grande amigo. O 13º Príncipe Wang Wook (Baek-ah) (Nam Joo Hyuk) é um espírito livre, não se interessa pelos assuntos envolvendo o trono e suas políticas e é um admirador da beleza e das artes. Assim como Wang Jung, também foge frequentemente do palácio, mas para entrar em contato com o povo, desenhar, pintar e tocar. Se torna um grande amigo de Hae Soo e é o irmão favorito de Wang So. O 9º Príncipe Wang Won (Yoon Sun Woo) bem poderia ser aquele personagem que entra quieto e sai calado. Vive às sombras dos irmãos, mas esse é só o jeito dele lutar pelo poder, correndo pela sombra dos outros. É um personagem ao qual você não dá muita atenção, mas que depois que mostra as garras você passa a odiar fortemente. A Princesa Hwangbo Yeon Hwa (Kang Han Na) é daquelas personagens que você já fica com o pé atrás desde a primeira aparição, não é bem vilã, não descaradamente, mas a sua ambição colocará muitas pessoas em xeque, e assim, você aprenderá a odiá-la também.
O 8° Príncipe Wang Wook (Kang Ha Neul) compõem juntamente com Hae Soo e Wang So, o triângulo amoroso da história.
Ele não é um personagem ruim e chega até mesmo a realizar boas ações, mas simplesmente não dá para levar a sério alguém que desenvolve sentimentos amorosos pela prima da esposa, a prima que a esposa cria como sua própria filha. Simplesmente não dá para torcer pelo desenrolar do relacionamento dele com Hae Soo. Mesmo quando a esposa, que está muito doente, dá o seu aval. Então, ainda que o seu relacionamento com Hae Soo tenha rendido algumas cenas fofas, não dá para torcer por ele e nem ficar triste quando os sentimentos da garota migram para Wang So. Além disso, ao longo da trama, o personagem sofrerá mudanças profundas e que renderão muitas reviravoltas na trama.
E, finalmente chegamos ao 4° Príncipe Wang So (Lee Joon Gi). Utilizado pela mãe para atingir o Imperador, acabou ferido no rosto por esta quando ainda criança. Foi enviado pela família para viver com uma das consortes do rei e foi criado praticamente como refém. Ainda que essa criação lhe tenha negado o amor dos pais e o convívio com os irmãos, foi também o que permitiu que ele crescesse desenvolvendo habilidades dignas de um imperador (para eterno desgosto de sua mãe). Conhecido como Cão Louco, sua fama de intratável o precede. Retornou ao palácio para a cerimônia de preparação do Príncipe Herdeiro e decidiu lutar para permanecer junto a família, ainda que muitos o queiram ver pelas costas. Logo se vê envolvido nas investigações para descobrir quem está tramando contra o Príncipe Herdeiro, colocando-se muitas vezes na linha de fogo. Mas, ele também tem seus próprios fantasmas a enfrentar, como a dura renegação da mãe, as barreiras advindas de sua cicatriz que o tornaram muito fechado para se proteger e a luta pelo direito de ser reintegrado com todos os seus direitos à família imperial. É um dos personagens mais complexos do dorama e Joon Gi ficou excelente no papel, sabendo explorar todas as suas facetas e transpirando sentimentos. Wang So é daqueles personagens que você vai odiar, vai sentir pena, vai sentir orgulho e irá aprender a amar ainda que algumas atitudes suas sejam repreensíveis. Nunca almejou o trono, mas teve de se colocar no jogo quando as disputas pelo poder na Dinastia Goryeo atingiram proporções catastróficas.
O desenrolar do relacionamento de Hae Soo e Wang So é convincente.
De início ela chama a atenção dele por ser uma das poucas que não tem medo de enfrentá-lo, resquícios de sua educação do século 21. Seus conhecimentos também o ajudam diversas vezes, ainda que em outras tantas Hae Soo troque as mãos pelos pés e confunda tudo (já comentei do probleminha dela com a história coreana né). Hae Soo inicialmente apaixonada por Wang Wook, não enxerga em Wang So mais do que um amigo cheio de traumas e carente de amor, mas quando sua atenção começa a promover mudanças no mundo de Wang So e ele se determina a conquistá-la, não demora para que as atenções dela recaiam sobre ele.
Contudo, não é um amor fácil, há todos os empecilhos gerados pela vida no palácio, todos as conspirações que muitas vezes a colocam na passagem dos acontecimentos e toda a pressão política que impede que eles realmente possam viver o seu amor.
E, enquanto acompanhamos esse relacionamento, aprendemos muito sobre o início e o estabelecimento da Dinastia Goryeo e como sentimos cada uma das perdas que temos que enfrentar pelo caminho.
Esse dorama é para os fortes ou para os que não têm medo de se entregar aos sentimentos.
Por se tratar de uma protagonista que foi parar no passado ao qual não pertencia, era esperado que a conclusão do drama se encaminhasse para um determinado fim (nada novo nisso aí). E, se tivesse terminado aí, seria um final triste sem dúvidas, mas super condizente com a situação e de certa forma belo. Para tentar superar os finais triste, em outros doramas com essa temática o pessoal tem disso engenhoso na hora de juntar novamente os protagonistas. Nesse, ou faltou mais afinco por parte do roteirista ou o final demasiadamente em aberto foi proposital, talvez viabilizando uma continuação... o que diferente da versão chinesa nunca tivemos.
Jhenifer Viana
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